Auckland com crianças: dicas para 4 dias de diversão
Kia ora! (Olá)
Estivemos em Auckland, na Nova Zelândia e foi muito bacana! Fizemos uma viagem rápida de 10 dias entre Auckland e Sydney. Muitos nos acharam loucos por ir para o outro lado do mundo e ficar tão pouco tempo, mas era o tempo que tínhamos e foi tudo tão perfeito que não nos arrependemos! Foi muito bom aprender sobre a cultura Maori in loco. Esta semana, meus filhos deram aula para a turma sobre a viagem e sobre as coisas que vimos e conhecemos em Auckland.
PREPARATIVOS:
– Brasileiros precisam de visto, mas é online e é fácil. A confirmação vem por e-mail.
– É necessário também o Cartão internacional de vacina contra Febre Amarela (agora já vem um cartão permanente; antigamente ele valia por 10 anos).
– Fizemos os voos: BH – Guarulhos – Buenos Aires – Auckland pela Aerolineas Argentinas (que não tem carregador de celular/ tomada USB, diga-se de passagem).
– De Buenos Aires à Auckland, fomos de Air New Zealand (empresa parceira da Aerolineas) e compramos o skycouch, os assentos que têm a opção de serem transformados em cama. Recomendo demais porque as crianças foram deitadas.
(Uma observação é que a limpeza dos voos, inclusive nos banheiros, chamou muito a nossa atenção na Air NZ).
– Transfer: usamos o “Super Shuttle Airport transfers” na ida e na volta para o aeroporto. Era o mais em conta e bem recomendado por nossas pesquisas.
– Ficamos 4 dias descobrindo a cidade antes de ir para Sydney (Austrália).
ROTEIRO E PONTOS VISITADOS EM AUCKLAND:
SEA LIFE KELLY TARLTON’S AQUARIUM
Esse foi o nosso primeiro passeio. Deixamos as bagagens no nosso hotel, President Hotel, e fomos pra lá. Confesso que temos um pique diferenciado: 🙂
– As atividades extras são para crianças a partir de 12 anos (shark snorkel, contato com pinguins, behind the scenes) e custam entre 50 e 160 dólares. Meus filhos têm 4 e 10 anos, então não fizemos nenhum extra.
– Perto do parque temático, as crianças adoraram a área onde tocar em ouriços e estrelas do mar.
– Há um parquinho pequeno e temático para crianças até 10 anos.
No geral, achamos o aquário tradicional e bonito, com um túnel semelhante ao do AquaRio.
No final, pegamos o Ônibus tubarão (nós o apelidamos de tubarônibus ou sharkbus): ele vai até o Centro da cidade e também nos deram um ticket para tomarmos um sorvete na sorveteria Giapo, com sorvetes super diferentes e modernos. É possível até fazer um tour gratuitamente e conhecer o processo de criação deles, mas infelizmente, acabamos não usando o ticket.
CITYTOUR
O ônibus Hop on hop off é muito prático: tem uma rota vermelha e outra azul e inclui o ferry para Devenport, do outro lado de Auckland. Ele passa a cada 20 min, tem wi-fi e até informações sobre as atrações em português (já pode imprimir aqui). Eles também oferecem ingressos combos com desconto para a Skytower e para os museus. A outra opção de ônibus passava a cada hora e incluía a entrada na Skytower. Pelo tempo que demorava, optamos pela primeira opção.
O povo é bem acolhedor e trabalham muito bem o turismo. Eles não hesitam em oferecer desconto se virem que você hesita um pouco.
AUCKLAND MUSEUM
Esta é uma visita obrigatória para conhecer a história da Nova Zelândia, com os fascinantes tesouros Maori.
– A fachada é imponente e bonita com colunas estilo grego,
– O Museu é bem grande (são 3 andares) e por isso o ingresso vale por 2 dias,
– É possível pedir o guia (mapa) em português
– O Museu tem wi-fi, banheiros com várias cabines no 1o piso (nos outros andares são cabines únicas) e até guarda-volumes gratuito no 1o andar. Há também 2 cafés no 1o piso com bons lanches de 6 a 8 dólares (croissant, cupcakes, cafés, batata chips por 3 dólares e água por 5 dólares, por exemplo).
Várias vezes ao dia espetáculos culturais Maori acontecem (às 11h, 12h e 13h30) e são absolutamente IMPERDÍVEIS: vimos danças, músicas, instrumentos de luta dos Maori…É algo pago à parte, mas vale muito à pena! No final da apresentação, os Maoris ficam disponíveis para fotos. Eles são muito gentis; uma delas pintou o rosto da minha filha (4 anos) e todos os dias, tínhamos que refazer a maquiagem.
É permitido filmar e fotografar a apresentação sem flash. Os Maoris sempre colocam a língua para fora para amedrontar o inimigo (vocês já devem ter visto a Haka, a famosa dança dos jogadores de rugby, onde eles fazem muitas caretas para intimidar o time adversário). Daí, isso virou moda na nossa viagem. 🙂
James Cook foi o descobridor da Nova Zelândia. Como o meu filho de 10 anos estava estudando sobre ele, foi muito útil e prático, porque tivemos uma baita aula! Vimos a cama dele, a caneca de cerveja com rato dentro, o breakfast (café da manhã) e mapa mostrando que ele passou pelo Brasil antes de descobrir a NZ! Isso tudo com um sistema muito divertido e lúdico de tela interativa, onde guiávamos o barco dele e pegávamos itens para cumprir missões ao longo do mapa.
As crianças curtiram o simulador de terremoto em uma casinha: primeiro passam o vídeo de uma reportagem como se um vulcão estivesse entrando em erupção e as pessoas saindo de Auckland. De repente, a casa treme 2 vezes, simulando um terremoto. Por ser escuro, algumas crianças ficam assustadas. Mas o tremor é pequeno. Na saída tem um corpo humano petrificado depois da erupção do vulcão em Pompéia (Itália).
Ainda vimos Dinossauros, kiwis (aves que não tem asas – isso chamou a atenção das crianças- e não voam, símbolo do país), pinguins, ovos dos animais, embarcações Maori, utensílios, armas, artesanatos Maori. E tudo sempre com os detalhes das línguas para fora e olhos sempre arregalados até nos detalhes das embarcações e casas.
Como se trata de um museu sobre a história da NZ, tem até uma parte sobre a 1a Guerra Mundial: aviões, simuladores de ataques em uma mesa onde você guia o aviãozinho, míssel gigante, avião de guerra, roupas, uniformes,…
E para relaxar, uma área infantil com atividades de pintar um passarinho e o colocar numa tela onde ele ganha vida com as cores que foi pintado e voa. AMEI! Também tem uma parte lúdica sobre o corpo humano, animais empalhados nas paredes e teto e ossos de dinossauros para pegar e brincar.
Uma visita que valeu muito à pena!
SKY TOWER
O “ponto alto” dessa visita foi o SKYWALK: andar do lado de fora da torre, amarrados por um sistema de segurança, à uma altura de 192m! Eu tenho medo de altura em lugares abertos. Mas o meu filho queria muito ir neste passeio e disse: “Vamos mamãe e supere logo este seu medo de altura“! Me enchi de coragem e aceitei muito fácil (depois, tive receio de tanta calma). Mas eu não podia perder esta oportunidade e o que pensei foi: “eles não fariam isso pra alguém cair. Bora“! E fora que estando na Nova Zelândia, país dos esportes radicais, nada mais apropriado!
As crianças acima de 10 anos e 30Kg podem fazer o passeio. É claro que o meu filho não queria perder!
Antes de começar, eles nos fazem passar por um bafômetro: um casal não pôde ir porque tinha ingerido bebida alcoólica. Eles fazem o teste antes de colocarmos o macacão da atividade.
Eles testam se o nosso tênis está firme, nos fazem tirar todos os acessórios (até o colar) e nos dão cordinha para prender os óculos.
Os Guias são totalmente tranquilos e engraçados para nos fazerem relaxar.
Colocamos o macacão por cima da roupa. Há vários tamanhos e ajustam os punhos e pernas com velcro. Há uma guarda-volume para colocar roupa, mochilas e casacos sem taxa extra.
3 funcionários checaram toda a nossa roupa e todos os nossos itens antes de começar a aventura. Isso deu muita confiança.
A subida direta foi pelo elevador que tem uma parte do chão de vidro e já dá pra ter uma leve ideia do que nos aguarda! O Marido e filha aguardaram embaixo porque a filha dormiu no carrinho.
Eles já colocam uma corda de segurança na nossa roupa para sair pela porta que dá acesso à pista. Ela fica ao lado do Sky Jump, outra atividade onde as pessoas se jogam no vazio (veja o video aqui). Vimos 3 pessoas pularem e nem cogitamos esta opção! Muita doideira para uma viagem só. 🙂
O guia fala pausadamente e meu tupiniquenglish foi o suficiente para entender (Sim! Sou viajada, estudo, mas tenho enraizados um portunhol e um tupiniquenglish. Mas o marido e filhos poliglotas me salvam). 🙂
Fomos 4 pessoas e o guia fez tudo com um de cada vez, cada coisa e SEMPRE checando tudo. Ele chegou a interromper uma atividade quando notou que o cadarço de um dos participantes estava frouxo. Daí ajeitou para o rapaz que ficou numa perna só, bem lá no alto. Melhor checar antes de subir!
O guia coloca 2 super cordas nos ganchos dianteiro e traseiro de cada pessoa. Em um dos ganchos ele aperta com chave de fenda! Me senti muito segura com isso.
O guia faz algumas atividades ao longo da pista para acostumarmos, como soltar as mãos das cordas e abrir os braços. Depois, ele vai dificultando e sempre faz primeiro as coisas para o lado de dentro (olhando para a torre) e depois para a parte aberta, olhando para a cidade. “Nessa altura”, eu não tinha mais medo (adorando meus trocadilhos).
O meu filho ficou meio receoso de fazer a 1a aventura mais punk dele, mas logo depois fez as atividades também: abrir os braços, de costas para a paisagem e olhar para baixo na beirada da pista dos 2 lados; depois fazer a mesma coisa virado para a frente; andar de costas com os braços abertos e olhando para cima. Aqui dá para ver um video e ter uma ideia da aventura!
Normalmente custa 150 dólares para adultos e 120 dólares para crianças. Tinha uma promoção em que um adulto podia levar uma criança de graça. Como não fomos informados, pagamos e depois nos deram a opção de pegarmos o dinheiro de volta (120 dólares) ou comprar produtos. Optamos por levar o vídeo e todas as fotos impressas num pen drive (70 dólares) e ainda compramos blusas (10 dólares cada) e squeeze (5 dólares).
RAINBOW’S END, um Parque de Diversões.
Achei caro pelo que oferecem (60 dólares/adulto e 50 dólares/criança) e não iria de novo. As crianças se divertiram mas eu acho que vale mais à pena explorar melhor a cidade. Porém dado o cansaço do fuso horário, valeu à pena para as crianças se divertirem e relaxarem. O Rainbow’s End inclui o parque temático principal e também o Kidz Kingdom, uma parte para crianças de até 8 anos.
Cuidado porque a linha do trem que vai para o parque não funciona aos domingos; então fomos de Uber.
O parque é bem normal. Sem grandes comentários.
MOTAT
Museu de tecnologia interativo muito interessante. Não o visitamos todo. Normalmente, gasta-se 2h para ver uma parte do museu e 1h para a outra. Fizemos a 1a parte em 1h porque algumas atividades estavam desativadas.
Na recepção tem uma loja que vende vários brinquedos inteligentes.
DEVENPORT
Devenport é uma vila que fica do outro lado da baía, com vários restaurantes de frutos do mar ou “fish and chips”. Fomos de Ferry (já incluso no ingresso do ônibus hop on hop off, lembra?). Muitas pessoas vão almoçar do outro lado, com vista para a baía. Fizemos um passeio bem rápido, mas valeu à pena pela linda vista de Auckland vista do ferry.
MAIS INFORMAÇÕES:
- Eles sempre dão descontos nas fotos na saída dos passeios. Em vez de levar uma só, acabamos tendo super descontos e levamos tudo.
- Alguns programas ficaram pendentes: o Museu Marítimo, ver um jogo de rugby dos All Blacks (nos dias que estivemos lá não teve jogo), fazer o Junior Keeper no Zoo de Auckland (um dia como funcionário do zoológico). Mas como era recesso por lá também, o zoo estava lotado. Mandei e-mail e coloquei o nome das crianças na lista de espera, mas não teve nenhuma desistência. Como íamos para Sydney em seguida, optamos por ir no Zoo de Sydney, o que foi bom porque pudemos alimentar os cangurus e tocar em coalas.
- Os supermercado Countdown são muito interessantes e funcionam com autoserviço no caixa. Eles vendem bolsas/sacolas para levar as coisas e detalhe para os bebês e crianças pequenas: tem Aptamil.
- Não fizemos atividades à noite, mas não nos fez falta porque com o fuso horário, dormíamos cedo.
- Não somos uma família de fazer trilhas e aventuras e a Nova Zelândia tem muitos passeios desse tipo. Mas não fizemos nenhum. Temos um estilo de vigem diferente. 🙂
Obrigada Isabela, por mais este relato e viagem incrível!
Veja aqui outro relato da Isabela Pitanga no nosso blog: Moscou com crianças
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Publicado por » Sut-Mie Guibert
Sut-Mie Guibert, Family Travel Blogger, Blogueira especializada em Viagens com crianças e em família. Francesa, formada em Comunicação e Mídias Digitais e mãe de duas meninas de 11 e 8 anos, ama levar as crianças para conhecer o mundo! E também adora falar sobre o assunto com outras famílias viajantes, sempre muito bem-vindas por aqui!