Dia do indígena: 3 aldeias originais onde levar as crianças
POVO DESSANA TUKANA – Manaus, Amazônia
Vivemos pessoalmente essa experiência e foi muito especial! Primeiro, porque a aldeia não é acessível diretamente. É necessário ir de barco, saindo de Manaus, e a tribo fica na beira do Rio Negro, bem integrada à floresta e natureza. Segundo porque, apesar de ser um “núcleo cultural indígena” para a divulgação da cultura indígena (a verdadeira aldeia fica mais mata adentro), é tudo muito preservado e autêntico.
Fomos recebido pelo Pajé, que nos apresentou alguns costumes, danças de boas vindas com homens e mulheres vestidos com palhas, sementes e pinturas, conhecemos instrumentos musicais, ocas e comidas diferentes (formigas, larvas,…).
Eles não tem energia elétrica, mas um campinho de futebol no meio do vilarejo não falta!
É possível comprar algum artesanato mas leve dinheiro trocado.
Trata-se de um passeio que só pode ser feito por agência; justamente para proteção da tribo e área. A agência reverte o dinheiro para o núcleo cultural por isso é importante escolher agências sérias que façam o passeio.
QUEM LEVA? Nós fomos em um grupo de famílias que viajou com a agência Viajar com Crianças, que oferece um roteiro de 2 dias em Manaus e 5 dentro da Selva Amazônica, fazendo diversas outras descobertas! Nós ainda tivemos a companhia de uma pedagoga que aprofundou as temáticas e lendas indígenas. Imperdível!
Veja mais fotos desta viagem no instagram @viajandocompimpolhos, hashtag #pimpolhosnaAmazonia
RESERVA PATAXÓ DA JAQUEIRA – Porto Seguro, BA
Esta é a região dos Descobrimentos, entre as cidades de Porto Seguro e Santa Cruz Cabrália! A reserva Pataxó da Jaqueira é formada por 32 famílias que vivem de modo tradicional e prestigiam todos os dias a cultura de seus ancestrais e não apenas nos dias festivos.
Por isso, eles se vestem como indígenas, realizam rituais, são alfabetizados em Português e em “Patxohã” e tentam viver da forma mais aproximada possível da cultura Pataxó.
Claro que hoje dependem também do dinheiro dos turistas, já que não há mais como viver da caça e da pesca, nem podem mais ser nômades. Mas, de um modo geral, a essência da vida indígena vem sendo protegida no local e é uma experiência muito interessante a ser vivenciada. É possível fazer vários tipos de passeios, inclusive dormir lá!
O passeio normal de 4h inclui conhecer as ocas, o pajé, a escola, ser pintado, ter aula de arco e flecha e participar de rituais de dança. Ali também é possível comprar artesanato feito localmente.
QUEM LEVA? Você pode ir de carro (após a Barraca Barramares, no caminho para Coroa Vermelha, indo pela própria Av. Beira Mar) ou com a Pataxó Turismo, que oferece diferentes passeios.
Passeio de 4h: R$85/ adulto e R$55/crianças abaixo de 6 anos.
Se tiverem sorte, podem assistir aos Jogos Pataxós, que acontecem antes do Dia do Índígena, onde vários esportivos de diversas aldeias da região disputam futebol, corrida rústica, arco e flecha, arremesso de takape, entre outras modalidades. Isso acontece na Praça do Cruzeiro da Aldeia Coroa Vermelha.
ALDEIA GUARANI DO RIO RIO SILVEIRA – Bertioga (SP)
Esta aldeia fica na Praia da Boracéia, na divisa entre Bertioga e São Sebastião.
Há passeios monitorados para conhecer esta aldeia onde os indígenas moram em casas de pau a pique, com paredes de barro e tetos de palha e onde as crianças só aprendem o guarani até os 7 anos.
Além de descobrir o vilarejo, vocês podem provar comidas típicas, ver danças, alguns costumes, nadar na cachoeira e comprar artesanato local.
Esta aldeia já tem até página no FB e este fim de semana vai fazer a Festa do Indígena. Que tal dar um pulo lá e prestigiar?
Marcar com Vicente, liderança da Cachoeira ou Luciana pelo WhatsApp: 13 – 997261841
Não deixe de levar: máquina fotográfica, água mineral, repelente de insetos, remédio pessoal para alergia a picada de insetos, roupa de banho e toalha, muda de roupa, biscoito ou barrinha de cereal…
Para saber mais:
Uma fonte muito importante para saber mais sobre associações, sites e organizações indígenas: Povos Indígenas no Brasil.
Vale também comprar o livro “Coisas de Índio” do Daniel Munduruku, indígena de Belém que escreveu diversos livros sobre o assunto. E para as crianças, há também o “Coisas de Índio – versão infantil”!
Agência Viajar com Crianças: www.viajarcomcriancas.com.br ou (11) 2639-5776 | Instagram | Facebook
Mais detalhes e preços: Amazônia em grupo
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Publicado por » Sut-Mie Guibert
Sut-Mie Guibert, Family Travel Blogger, Blogueira especializada em Viagens com crianças e em família. Francesa, formada em Comunicação e Mídias Digitais e mãe de duas meninas de 11 e 8 anos, ama levar as crianças para conhecer o mundo! E também adora falar sobre o assunto com outras famílias viajantes, sempre muito bem-vindas por aqui!
Eu sou turismóloga e trabalhei bastante com turismo em aldeias, achei sua publicação para minha pesquisa de mestrado, sobre turismo, educação e questão indígena. Acho de suma importância esses relatos, porém tenho algumas observações sobre sua escrita, espero que leve como uma crítica construtiva. Tomar cuidado com a palavra exótica, exótico é o que vem de fora, então nada que se refere a indígenas locais é exótico, eu acho importante enfatizar isso. Tomar cuidado ao usar a palavra índio, ela tira toda diversidade das etnias, portanto ”roupa de índio” ou ”índio do Belem” são formas pejorativas do seu uso, inclusive no livro do próprio Daniel Munduruku, O Banquete dos Deuses, ele explica bem a questão da palavra índio ser usada de forma inapropriada. Este post é meio antigo, espero que tenha conhecido mais a fundo algumas das coisas que disse.
Olá Maria Gabriela,
Obrigada pelas críticas construtivas. Sim, concordo com tudo o que falou. Já mudei a minha linguagem e agora falo de “indígenas”, porém não mudei nada no post (antigo). Vou corrigir agora.
Um abraço