Ficou fácil viajar com crianças!
 -  Atualizado em 03/05/2022

Dia do indígena: 3 aldeias originais onde levar as crianças

 Hoje é o Dia dos Povos Indígenas, 19 de abril. Uma data importante que geralmente é celebrada nas escolas e em alguns museus. Mas, imagine poder mostrar in loco, aos seus filhos, a riqueza dos costumes e cultura indígena que ainda existem no Brasil? Acredite, esse é um passeio que ultrapassa os livros lidos na escola e criam verdadeiros aprendizados e uma maior conscientização da importância de preservar os povos indígenas que já habitavam este país quando os portugueses chegaram em 1500.

 

 

 

POVO DESSANA TUKANA – Manaus, Amazônia

Vivemos pessoalmente essa experiência e foi muito especial! Primeiro, porque a aldeia não é acessível diretamente. É necessário ir de barco, saindo de Manaus, e a tribo fica na beira do Rio Negro, bem integrada à floresta e natureza. Segundo porque, apesar de ser um “núcleo cultural indígena” para a divulgação da cultura indígena (a verdadeira aldeia fica mais mata adentro), é tudo muito preservado e autêntico.

Fomos recebido pelo Pajé, que nos apresentou alguns costumes, danças de boas vindas com homens e mulheres vestidos com palhas, sementes e pinturas, conhecemos instrumentos musicais, ocas e comidas diferentes (formigas, larvas,…).

Eles não tem energia elétrica, mas um campinho de futebol no meio do vilarejo não falta!
É possível comprar algum artesanato mas leve dinheiro trocado.

Trata-se de um passeio que só pode ser feito por agência; justamente para proteção da tribo e área. A agência reverte o dinheiro para o núcleo cultural por isso é importante escolher agências sérias que façam o passeio.

QUEM LEVA? Nós fomos em um grupo de famílias que viajou com a agência Viajar com Crianças, que oferece um roteiro de 2 dias em Manaus e 5 dentro da Selva Amazônica, fazendo diversas outras descobertas! Nós ainda tivemos a companhia de uma pedagoga que aprofundou as temáticas e lendas indígenas. Imperdível!

Veja mais fotos desta viagem no instagram @viajandocompimpolhos, hashtag #pimpolhosnaAmazonia

 

RESERVA PATAXÓ DA JAQUEIRA – Porto Seguro, BA

Esta é a região dos Descobrimentos, entre as cidades de Porto Seguro e Santa Cruz Cabrália! A reserva Pataxó da Jaqueira é formada por 32 famílias que vivem de modo tradicional e prestigiam todos os dias a cultura de seus ancestrais e não apenas nos dias festivos.

Por isso, eles se vestem como indígenas, realizam rituais, são alfabetizados em Português e em “Patxohã” e tentam viver da forma mais aproximada possível da cultura Pataxó.

Claro que hoje dependem também do dinheiro dos turistas, já que não há mais como viver da caça e da pesca, nem podem mais ser nômades. Mas, de um modo geral, a essência da vida indígena vem sendo protegida no local e é uma experiência muito interessante a ser vivenciada. É possível fazer vários tipos de passeios, inclusive dormir lá!
O passeio normal de 4h inclui conhecer as ocas, o pajé, a escola, ser pintado, ter aula de arco e flecha e participar de rituais de dança. Ali também é possível comprar artesanato feito localmente.

QUEM LEVA? Você pode ir de carro (após a Barraca Barramares, no caminho para Coroa Vermelha, indo pela própria Av. Beira Mar) ou com a Pataxó Turismo, que oferece diferentes passeios.
Passeio de 4h: R$85/ adulto e R$55/crianças abaixo de 6 anos.

Se tiverem sorte, podem assistir aos Jogos Pataxós, que acontecem antes do Dia do Índígena, onde vários esportivos de diversas aldeias da região disputam futebol, corrida rústica, arco e flecha, arremesso de takape, entre outras modalidades. Isso acontece na Praça do Cruzeiro da Aldeia Coroa Vermelha.

 

ALDEIA GUARANI DO RIO RIO SILVEIRA – Bertioga (SP)

Esta aldeia fica na Praia da Boracéia, na divisa entre Bertioga e São Sebastião.

Há passeios monitorados para conhecer esta aldeia onde os indígenas moram em casas de pau a pique, com paredes de barro e tetos de palha e onde as crianças só aprendem o guarani até os 7 anos.

Foto da página FB Aldeia Guarani Silveira

Além de descobrir o vilarejo, vocês podem provar comidas típicas, ver danças, alguns costumes, nadar na cachoeira e comprar artesanato local.
Esta aldeia já tem até página no FB e este fim de semana vai fazer a Festa do Indígena. Que tal dar um pulo lá e prestigiar?
Marcar com Vicente, liderança da Cachoeira ou Luciana pelo WhatsApp: 13 – 997261841

 

Não deixe de levar: máquina fotográfica, água mineral, repelente de insetos, remédio pessoal para alergia a picada de insetos, roupa de banho e toalha, muda de roupa, biscoito ou barrinha de cereal…

 

Para saber mais:

Uma fonte muito importante para saber mais sobre associações, sites e organizações indígenas: Povos Indígenas no Brasil.

Vale também comprar o livro “Coisas de Índio” do Daniel Munduruku, indígena de Belém que escreveu diversos livros sobre o assunto. E para as crianças, há também o “Coisas de Índio – versão infantil”!

Agência Viajar com Crianças: www.viajarcomcriancas.com.br ou (11) 2639-5776 | Instagram | Facebook
Mais detalhes e preços: Amazônia em grupo
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Sut-Mie Guibert, Family Travel Blogger, Blogueira especializada em Viagens com crianças e em família. Francesa, formada em Comunicação e Mídias Digitais e mãe de duas meninas de 11 e 8 anos, ama levar as crianças para conhecer o mundo! E também adora falar sobre o assunto com outras famílias viajantes, sempre muito bem-vindas por aqui!

2 comentários para este artigo

  1. Maria Gabriela disse:

    Eu sou turismóloga e trabalhei bastante com turismo em aldeias, achei sua publicação para minha pesquisa de mestrado, sobre turismo, educação e questão indígena. Acho de suma importância esses relatos, porém tenho algumas observações sobre sua escrita, espero que leve como uma crítica construtiva. Tomar cuidado com a palavra exótica, exótico é o que vem de fora, então nada que se refere a indígenas locais é exótico, eu acho importante enfatizar isso. Tomar cuidado ao usar a palavra índio, ela tira toda diversidade das etnias, portanto ”roupa de índio” ou ”índio do Belem” são formas pejorativas do seu uso, inclusive no livro do próprio Daniel Munduruku, O Banquete dos Deuses, ele explica bem a questão da palavra índio ser usada de forma inapropriada. Este post é meio antigo, espero que tenha conhecido mais a fundo algumas das coisas que disse.

    • Olá Maria Gabriela,

      Obrigada pelas críticas construtivas. Sim, concordo com tudo o que falou. Já mudei a minha linguagem e agora falo de “indígenas”, porém não mudei nada no post (antigo). Vou corrigir agora.

      Um abraço

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